Oi,
Pessoal, tudo bem?
O
livro resenhado hoje será diferente de todos os outros, pois ele nos leva ao Universo Infantil e nos oferece um
enredo que brinda a xilogravura, os encantos e desafios de se viver no Sertão Nordestino e o empoderamento feminino ainda na
infância.
“Bel, a Princesa Nordestina”
é um livro de Léo Rocha e Débora Aldyana, com ilustrações de Kayro Rocha, que
vai falar da menina Anabela, no
Sertão Nordestino. Anabela, mais conhecida como Bel, é uma princesa do Reino do Sertão determinada, cheia de força e cativante. Juntamente com o seu
amigo Finzim, ela vai enfrentar uma bruxa terrível, a Seca, que quer se apossar do lugar e destruir as belezas na vida
simples.
Por
meio de emboscadas e de estratégias, a dupla vai colocar a
Bruxa no seu devido lugar e vai deixar o pai de Bel, o Rei Sertanejo, orgulhoso
da determinação da sua pequena filha. Além de expulsar a Seca, Bel e seu
companheiro Finzim proporcionarão ao
povo sertanejo uma reflexão sobre o valor deles como pessoas e sobre um dos
bens mais importantes para todos nós: a água.
O
livro “Bel, a Princesa Nordestina” é uma obra que vai te conquistar logo pela
capa, pois todas as suas ilustrações
são muito delicadas, sensíveis, compatíveis com as cenas narradas e que transmitem
a essência do enredo. É como se você estivesse diante de um cordel, tanto na sua escrita como na
forma como é organizado, só que maior e mais detalhado.

Com
os fatos muito bem amarrados e com uma linguagem
simples, a trama nos presenteia com uma protagonista que traz o
empoderamento enraizado já na infância, mesmo que ela esteja inserida em um
contexto normalmente excludente e machista. Ela tem voz e a defende como ninguém, o que deixa todas as leitoras
orgulhosas da menina que ele é e da mulher que ela virá a ser futuramente.
Além
disso, o enredo também demonstra como a
união do povo é importante para se conseguir aquilo que se acredita. A
partir do momento que o povo sertanejo se une, eles se tornam fortes o bastante
para derrotar a Seca e para defender aquele pedaço de chão, que é, na verdade,
o mundo para eles. A Seca e a Água aparecem justamente para nos proporcionar
uma reflexão sobre aquilo que é
vital para nós e sobre o nosso dever de preservá-lo.
No
fim do livro, ainda podemos encontrar alguns esclarecimentos sobre a xilogravura e sobre o próprio gênero do cordel, em uma linguagem
simples e didática. Dessa forma, o livro se torna completo ao nos inserir na
cultura nordestina e nas peculiaridades desse mundo que nos envolve.
“Bel, a Princesa Nordestina” é um livro
que nos ensina a sempre buscarmos a nossa Bel interior, pois só assim seremos
capazes de utilizar a nossa determinação, a nossa força e a astúcia para defender aquilo que nos cerca e as
pessoas que amamos, mesmo que ainda aparentemos ser jovens demais para isso.
Classificação: 5 estrelas
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