A resenha de hoje será dedicada
a um livro que ganhei de aniversário e que devorei, durante o último fim de
semana. Assim, o livro escolhido hoje se chama “Cadu e Mari”, da escritora nacional A.C. Meyer, que também escreveu a série After Dark.
Esse foi o primeiro livro que
li da autora e fiquei completamente apaixonada pela capa, a diagramação e pelos
detalhes do livro. Cada capítulo do
livro vem com uma música especial,
que juntas compõem uma playlist
maravilhosa para a história de amor
do casal. As músicas são apaixonantes e retratam bem os avanços do casal.
“Cadu e Mari” é um livro com narrações alternadas, o que nos possibilita conhecer tanto os pensamentos do Cadu quanto da Mari,
ponto este que vai ser fundamental na reta final da história. Mari e Cadu já se
conhecem e trabalham juntos há três anos,
pois a nossa protagonista é a assistente pessoal de Cadu, na Revista Be, uma importante revista
brasileira de moda.
Eles são de mundos
completamente diferentes e entre eles parece haver um abismo, mas isso não impede de Mari nutrir por ele uma paixão secreta. Mari é competente e uma
excelente assistente pessoal para
Cadu, que só consegue enxergá-la assim. Só que tudo muda quando Cadu,
finalmente, percebe que Mari não é só uma profissional incrível, mas também uma
mulher linda, pé no chão e real.
A atração e o envolvimento
entre eles é inevitável, pois eles sentem que realmente pertencem um ao outro.
Contudo, nunca é fácil se encontrar paz nas relações verdadeiras de amor. Assim, os obstáculos logo chegam
e Cadu terá que saber se pode confiar em uma pessoa tão diferente do seu mundo , assim como Mari terá que decidir se entregará
o seu coração ou não, depois de um
término complicado.
“Me sinto derrotado. Não por amar você, mas por não ter sido capaz de manter o maior tesouro que eu poderia encontrar, ao meu lado.”
Mari, a nossa protagonista do
livro, é uma mulher real.
Competente, esforçada, independente, corajosa, engraçada e linda do jeito que ela é. Ela não se veste dos estereótipos que
normalmente são criados para as personagens dos livros e consegue ser marcante
exatamente por isso. Gostei muito da Mari pelo fato de ela ser espontânea, dura nos momentos certos e
por ter a capacidade de perdoar,
ainda que no lugar dela eu não tenha feito isso.
A forma como a Mari se entrega ao amor pelo Cadu é cativante, pois, mesmo com as suas
inseguranças, ela é capaz de se arriscar e de acreditar que a felicidade dessa
relação será muito maior do que os desafios. Ainda que o amor de Mari tenha
rendido boas cenas, as minhas favoritas são as que ela se mostrou firme e
irredutível, diante das mancadas de Cadu. (Sou
coração de pedra mesmo. Haha)
Por outro lado, Cadu é aquele personagem focado,
executivo, inteligente e viajado. É um homem que pode ter o mundo aos seus pés,
mas que é bem simples na intimidade.
Ao longo das páginas, vamos conhecendo o seu jeito mais romântico, carinhoso e
família. Eu, particularmente, gosto muito de personagens mais maduros, mas
confesso que fiquei um pouco decepcionada por ele ser tão cego e ingênuo, às vezes,
o que me fez vibrar quando a Mari conseguia colocar ele contra a parede.
“Porque o amor é assim, Cadu. O amor verdadeiro perdoa, entende, suporta. Nunca duvide do poder do amor.”
A relação de amor entre eles é encantadora, cheia de muitas demonstrações
de afeto e de declarações de amor. Eles são, de fato, um casal romântico. Um
dos pontos mais legais da trama é forma como eles se comunicam através da música. Meu Deus, só tem música maravilhosa nesse livro.
Para mim, o envolvimento entre
eles aconteceu muito rápido. Ainda
que eles já trabalhassem juntos e já tivessem essa convivência no ambiente
profissional, achei que o amor entre eles nasceu rápido demais, principalmente
no que se refere aos sentimentos do
Cadu.
A base de toda relação é a confiança, seja numa relação de amizade
ou de amor. Logo, desde o início, é possível perceber que, ainda que o Cadu ame
a Mari, ele tem um certo receio em
relação a ela. E foi justamente por isso que eu não o perdoaria, pelo que aconteceu na reta final do livro. Eu
entendi o lado dele, mas as suas desculpas não me convenceram, o que me fez
admirar ainda mais a Mari pela sua capacidade verdadeira de perdoar.
“E sabe o que eu vejo agora? Que só o amor não é suficiente. Eu mereço mais, Mereço ser amada e respeitada; mereço me sentir querida por aquilo que eu sou. Mereço ter a total confiança do homem que está ao meu lado.”
Os personagens secundários da
trama são ótimos, ganham cada vez
mais espaço, ao longo da evolução do livro, e são fundamentais para que os
olhos do nosso protagonista sejam abertos. Confesso que gostaria de um livro
com a história da Lalá e do Rodrigo, que ganharam mais espaço no
meu coração do que o Cadu e a Mari.
Uma das coisas mais legais do
livro foi justamente o fato de nos trazer alguns questionamentos em relação às inseguranças femininas. O enredo e a
personagem nos mostram que devemos valorizar quem realmente somos, pois o que nos torna únicas e maravilhosas
são as nossas peculiaridades. Devemos ser felizes e orgulhosas de quem nós
somos, da forma como nós somos.
Cadu
e Mari é um
livro encantador, que preenche o seu coração de amor e que te deixa mais leve.
Acima de tudo, é um livro que mostra que o amor
pode estar mais próximo do que imaginamos, mas que o caminho até ele é cheio de
obstáculos e que precisamos ser perseverantes para alcançá-lo.
Classificação: 3.5 estrelas
OOOOi Bel!
ResponderExcluirUma capa tão linda para tantos obstáculos, hein?
Que pena, juro que esperava mais.
E esse livro estava na lista de desejados... Acabo de tirar!
Prefiro continuar nos nossos romances históricos,rs.
Beeeeeeijos no coração
Aleeee,
ExcluirA capa do livro é realmente linda e a trilha sonora é maravilhosa. A única coisa que mudaria mesmo é a forma e a velocidade do relacionamento deles. Meu Deus, por falar em romances históricos, temos muitos livros lindos vindo por aí, hein ?
Beijoooos no coração,
Bel <3