É engraçado perceber
como o tempo passa rápido e como os filmes da nossa geração nos marcam, pois
pode ser que já tenhamos assistido a tal filme há muito tempo, mas sempre tem
uma cena que fica registrada, na nossa cabeça. No meu caso, quando me apaixono
por um filme, passo a assisti-lo infinitas vezes sem me cansar. Isso foi o que me
aconteceu ontem, quando terminado um programa que estava assistindo, percebi
que o filme que viria a seguir seria De Repente 30 e que, como das outras
vezes, não iria conseguir resistir à tentação de não assistir.
Para quem não se
recorda, o filme De Repente 30 é aquele estrelado pela Jennifer Garden e pelo
Mark “Maravilhoso” Ruffalo e que conta a história de uma menina descontente com
a sua idade e pelas limitações por ela impostas, que deseja ter 30 anos e acaba
indo parar já na sua vida adulta, momento este que ela considera ser quando
alcançará todas as coisas pelas quais sempre sonhou.
É um filme
maravilhoso de se assistir, naquele fim de tarde, pois tem romance, tem muitas
risadas e, ainda que um pouquinho escondido, o filme esconde uma mensagem e
tanto. De Repente 30 é, para todos nós, uma verdadeira cápsula do tempo. Afinal,
todos nós temos um lado Jenna Rink.
Se retirarmos a nossa
venda de mero telespectador de filme romântico, podemos perceber que, assim
como Jenna, quando estamos na adolescência, a vida parece nos impor apenas
limitações. Os adultos têm uma vida satisfatória, pois não há nada de
preocupações com a tarefa de casa ou com a aparência diante do alvo amoroso.
Ser adulto é ser dono da situação, é ser confiante, atraente e, acima de tudo,
ter sucesso.
Pobre da Jenna. Pobre
de nós. Que mera ilusão. Quando a personagem percebe que está no auge dos seus
30 anos, ela percebe que a vida adulta, assim como qualquer fase da nossa vida,
tem o seu bônus e o seu ônus.
Afinal, somos todos
os dias desafiados a reconhecer quem nós realmente somos, a mostrar o que
guardamos dentro de nós e a apresentar o que temos a oferecer para o outro. Na
nossa caminhada, as decisões que tomamos podem até ter uma natureza mais
imediata, mas somos obrigados a levar como companheiras de viagem as
consequências dessas escolhas. Contudo, aí é que está a grande sabedoria da
vida: ainda que tenhamos tomados decisões ruins e tenhamos sofrido com as suas consequências,
foram elas que nos ajudaram a nos tornar a pessoa que nos transformamos e
podemos sempre nos reinventar e crescer.
Assim como Jenna, às
vezes, demoramos muito tempo para perceber que o superficial encanta, mas é
efêmero, e que os amigos verdadeiros são raros e frágeis, mas guardam em si uma
grandeza sem tamanho. Enquanto os amigos verdadeiros representam um dos pilares
do nosso ser, a família é quem se mostra esse outro porto seguro, que é capaz
de nos oferecer a luz mesmo nos momentos em que a nossa alma parece estar no
breu.
Assistimos “De
Repente 30” porque gostamos de recomeços e de segundas chances para a vida,
para o amor e, acima de tudo, para quem nós somos. Assistimos a esse filme,
porque, por mais que as coisas aparentem estar perdidas, queremos acreditar no
amanhã e nas boas energias que ele nos traz. Sabemos que crescer não é fácil, mas
que só podemos desbravar as páginas em branco da nossa vida, se tivermos a
coragem de encarar os novos desafios que surgem e de aprender com quem nós
fomos e somos.
Beeeel,
ResponderExcluirComo 'De Repente 30' marcou a geração, né?
Realmente, a mensagem do filme é maior quando analisamos o que aquela história nos transmite. Adorei a crônica.
Beijos
http://estante-da-ale.blogspot.com.br/
Aleeeeee,
ExcluirDe Repente 30 é aquele filme supimpa que marca a geração e o nosso coração. Fico sempre muito feliz em saber que você gostou da crônica. Beijos no coração.
Bel <3